Megaoperação no Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025: o que se sabe sobre os mortos e o impacto nos complexos do Alemão e da Penha
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Seguem os 99 nomes dos mortos já identificados na Operação Contenção (Rio de Janeiro) conforme divulgado pelo veículo Poder360:
Aleilson da Cunha Luz Junior
Alessandro Alves de Souza
Cauãn Fernandes do Carmo Soares
Fabiano Martins Amancio
Juan Marciel Pinho de Souza
Marllon de Melo Felisberto
Carlos Henrique Castro Soares da Silva
Brendon César da Silva Souza
Yuri dos Santos Barreto
Michael Douglas Rodrigues Fernandes
Alisom Lemos Rocha
Richard Souza dos Santos
Maicon Thomaz Vilela da Silva
Jonas de Azeredo Vieira
Lucas da Silva Lima
Michel Mendes Peçanha
Claudinei Santos Fernandes
Fernando Henrique dos Santos
André Luiz Ferreira Mendes Junior
Marcos Adriano Azevedo de Almeida
Cleiton da Silva
Douglas Conceição de Souza
Maicon Pyterson da Silva
Alexsandro Bessa dos Santos
Danilo Ferreira do Amor Divino
Waldemar Ribeiro Saraiva
Wendel Francisco dos Santos
Cleideson Silva da Cunha
Marcio da Silva de Jesus
Luan Carlos Marcolino de Alcântara
Nelson Soares dos Reis Campos
Victor Hugo Rangel de Oliveira
Maxwel Araújo Zacarias
Hercules Salles de Lima
Willian Botelho de Freitas Borges
Ronaldo Julião da Silva
Yan dos Santos Fernandes
Célio Guimarães Júnior
Marcos Vinicius da Silva Lima
Alessandro Alves Silva
Kauã Teixeira dos Santos
Jeanderson Bismarque Soares de Almeida
Diego dos Santos Muniz
Yago Ravel Rodrigues Rosário
Edione dos Santos Dias
Rodolfo Pantoja da Silva
Hito José Pereira Bastos
Felipe da Silva
Edson de Magalhães Pinto
Carlos Eduardo Santos Felício
Fabio Francisco Santana Sales
Francisco Myller Moreira da Cunha
Luiz Eduardo da Silva Mattos
Luiz Claudio da Silva Santos
Francisco Nataniel Alves Gonçalves
Luciano Ramos Silva
Vanderley Silva Borges
Nailson Miranda da Silva
Luiz Carlos de Jesus Andrade
Vitor Ednilson Martins Maia
Leonardo Fernandes da Rocha
Jônatas Ferreira Santos
Anderson da Silva Severo
Lucas Guedes Marques
Wesley Martins e Silva
Emerson Pereira Solidade
Yure Carlos Mothé Sobral Palomo
Tiago Neves Reis
Marcos Antonio Silva Junior
Diogo Garcez Santos Silva
Francisco Teixeira Parente
Rafael de Moraes Silva
Gabriel Lemos Vasconcelos
Wellinson de Sena dos Santos
Cleys Bandeira da Silva
Josigledson de Freitas Silva
Jonatha Daniel Barros da Silva
José Paulo Nascimento Fernandes
Cleiton Cesar Dias Mello
Cleiton Souza da Silva
Ricardo Aquino dos Santos
Adailton Bruno Schmitz da Silva
Wellington Brito dos Santos
Evandro da Silva Machado
Ronald Oliveira Ricardo
Eder Alves de Souza
Gustavo Souza de Oliveira
Rafael Correa da Costa
Fabian Alves Martins
Arlen João de Almeida
Bruno Correa da Costa
Kauã de Souza Rodrigues da Silva
Jean Alex Santos Campos
Fabricio dos Santos da Silva
Wagner Nunes Santana
Luan Carlos Dias Pastana
Kleber Izaias dos Santos
Wallace Barata Pimentel
Adan Pablo Alves de Oliveira
Na manhã de 28 de outubro de 2025, o Rio de Janeiro viveu uma das maiores operações policiais de sua história recente. Batizada de “Operação Contenção”, a ação envolveu centenas de agentes das Polícias Civil e Militar, com apoio de veículos blindados, helicópteros e forças federais. O foco principal foram as comunidades dos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade — áreas conhecidas por serem dominadas por facções do tráfico de drogas e por constantes confrontos armados.
O saldo oficial, divulgado pela Polícia Civil, indica 99 mortos identificados até o momento, além de dezenas de presos, feridos e apreensões de armas, drogas e veículos roubados. A operação gerou grande repercussão nacional e internacional, reacendendo o debate sobre segurança pública, direitos humanos e a escalada da violência urbana no Rio de Janeiro.
Contexto: o que motivou a operação
Segundo as autoridades, a megaoperação foi planejada após meses de investigações que apontavam a atuação coordenada de líderes de facções criminosas dentro das comunidades do Alemão, Penha, Maré e outras regiões próximas.Esses grupos estariam ligados a assaltos a bancos, tráfico de armas e invasões em áreas dominadas por facções rivais.
De acordo com o Secretário de Segurança do Rio, a missão era “neutralizar focos de comando armado e retomar o controle territorial em pontos críticos”. Helicópteros sobrevoaram as áreas logo ao amanhecer, enquanto tropas terrestres avançavam por becos e vielas. A operação se estendeu por mais de 20 horas.
A dimensão da operação
Data: 28 de outubro de 2025
Locais: Complexo do Alemão, Complexo da Penha, e áreas próximas do Morro do Juramento
Efetivo mobilizado: Cerca de 2.500 agentes
Mortos confirmados: 99 (segundo a Polícia Civil, até 30/10)
Presos: 47 suspeitos
Armas apreendidas: mais de 80 fuzis, pistolas, granadas e munições
Veículos recuperados: 25 carros e 12 motocicletas
Drogas apreendidas: aproximadamente 300 kg de entorpecentes variados
O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro passou dias realizando os procedimentos de identificação. Parte dos mortos ainda não havia sido reclamada por familiares até o final da primeira semana após a operação.
Repercussão e controvérsias
A operação dividiu opiniões.Por um lado, autoridades estaduais a consideraram um “golpe histórico contra o crime organizado”.Por outro, organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional Brasil e a Defensoria Pública do Estado, levantaram críticas sobre a proporção da força empregada e o alto número de mortos.
Críticas principais:
Suposta falta de transparência sobre os critérios de abordagem.
Dúvidas quanto à presença de mandados judiciais individuais.
Relatos de moradores sobre tiroteios intensos em áreas residenciais.
Ausência de socorro imediato a feridos em certas localidades.
A ONU e a Human Rights Watch também pediram esclarecimentos sobre a legalidade da operação e o cumprimento dos protocolos de uso progressivo da força.
A “lista dos mortos”: transparência e debate público
A lista oficial com os 99 nomes identificados foi publicada por portais de notícias como Poder360, Veja, Metrópoles e Folha de S. Paulo.Contudo, por motivos legais e éticos, esses veículos não divulgaram fotos individuais nem detalhes pessoais.Os nomes constam apenas como parte de relatórios oficiais do Instituto Médico-Legal (IML) e da Polícia Civil.
O tema ganhou o apelido de “lista dos mortos do Alemão e da Penha”, tornando-se um dos assuntos mais pesquisados nas redes sociais durante a semana seguinte.Muitos internautas pediam transparência — enquanto outros alertavam sobre o risco de exposição indevida de pessoas sem comprovação judicial de envolvimento com crimes.
Impacto nas comunidades
Nos dias seguintes à operação, as comunidades atingidas vivenciaram um clima de luto, medo e tensão. Escolas e postos de saúde permaneceram fechados, e moradores relataram falta de transporte público, energia e acesso a alimentos devido aos bloqueios policiais.
Em meio às críticas, líderes comunitários e pastores locais organizaram atos ecumênicos em homenagem às vítimas. O discurso dominante nesses eventos foi de clamor por paz e justiça, independentemente de quem fossem os mortos.
Uma moradora do Complexo da Penha relatou em entrevista:
“A gente quer segurança, mas também quer viver. Aqui ninguém dorme mais tranquilo.”
O papel da mídia
A cobertura da operação levantou questões sobre como o jornalismo deve noticiar tragédias com alto número de mortos.Enquanto parte da imprensa deu destaque à ação policial e às apreensões, outros veículos enfatizaram o sofrimento dos moradores e a necessidade de apuração independente dos fatos.
O Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou que investigará todas as mortes registradas, caso a caso, para determinar se houve excessos ou execuções sumárias.
o ciclo da violência urbana
A operação de 28 de outubro de 2025 é mais um episódio trágico na longa história da violência urbana no Rio de Janeiro.Apesar de ser vista por parte da população como uma resposta ao avanço do crime, o número expressivo de mortes mostra que a política de confronto ainda não trouxe resultados sustentáveis.



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