Preço do Cacau Hoje
- tiel vídeos
- 6 de nov.
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Tabela de preços por estado
Com base nas fontes que atualizam a cotação no Brasil, abaixo segue uma tabela com os estados para os quais há dados recentes públicos. Atenção: os valores podem estar defasados ou relativos a lote/qualidade específicos.
Estado | Preço registrado | Unidade | Fonte |
Bahia | R$ 330,00 | arroba | fonte “fechamento |
Espírito Santo | R$ 1.320,00 | saca | mesma fonte acima |
Pará | R$ 21,00 | kg | mesma fonte acima |
Bahia (outra) | R$ 605,00 | arroba | fonte “cotação atual |
Espírito Santo | R$ 2.420,00 | saca | mesma fonte acima |
Pará | R$ 40,00 | kg | mesma fonte acima |
Situação atual da cotação do cacau no Brasil
O cacau, matéria-prima essencial para chocolates, confeitaria e diversos derivados, tem sido objeto de atenção crescente no Brasil. Globalmente, a commodity experimenta oscilações importantes devido a fatores como clima nas regiões produtoras, oferta e demanda internacionais, custos logísticos e câmbio. Uma das bases da análise é o mercado internacional: por exemplo, no mercado global a tonelada de cacau passou por níveis na faixa de US$ 6.100 a US$ 6.500 recentemente.
No Brasil, as cotações variam conforme o estado, unidade de venda (arroba, saca, quilo), qualidade do grão, grau de secagem e localização do produtor. A fonte “Mercado do Cacau” disponibiliza valores por estado, com algumas das últimas atualizações: para o estado da Bahia a arroba (uma medida usada historicamente no setor) estava cotada em R$ 330,00 em determinado fechamento recente. Para o estado do Espírito Santo a saca estava cotada em R$ 1.320,00, e para o Pará o preço por quilo era R$ 21,00.
Outras fontes trazem valores mais elevados: por exemplo, outra atualização cita na Bahia R$ 605,00/arroba, no Espírito Santo R$ 2.420,00/saca e no Pará R$ 40,00/kg. Essas discrepâncias podem ocorrer por data da coleta, qualidade do lote ou unidade de medida distinta.
O que isso significa para o produtor
Para o pequeno ou médio produtor, saber o preço vigente no seu estado é essencial — pois define se vale a pena entregar, estocar ou esperar valorização. Quando o preço está elevado, pode haver estímulo à colheita rápida (para evitar perdas por chuva ou pragas) ou à venda imediata. Já preços baixos podem exigir manter o grão armazenado ou buscar diversificação.
Além disso, o câmbio (R$/US$) impacta o valor da commodity: se o real se desvaloriza, exportações ficam mais competitivas e os produtores nacionais podem receber melhor preço. Por outro lado, custos de produção (insumos, fertilizantes, transporte) também sobem com câmbio alto, o que reduz a margem líquida.
Fatores que afetam o preço no Brasil
Clima e safra: Problemas climáticos como excesso de chuva, falta de sol ou pragas afetam a produtividade e qualidade dos grãos, elevando o preço.
Oferta global: Como os principais produtores mundiais são países da África Ocidental, uma safra melhor lá pode pressionar o preço mundial para baixo — o que repercute no Brasil.
Qualidade do grão: O grão bem seco, bem fermentado, com boas características de sabor, recebe prêmio de preço. Quem entrega grão de baixa qualidade pode receber valor menor.
Logística e armazenamento: Custos de transporte, armazenagem, secagem, beneficiamento influenciam o preço “faz fazenda”.
Moeda e mercado interno/exportação: A demanda interna por chocolates especiais (premium) e exportações impactam o preço.
Unidade de medida/contrato: Arroba, saca, quilo — cada estado adota medida diferente, e às vezes o dado disponível mistura.
Importante notar
A unidade é fundamental: por exemplo, R$ 330,00/arroba na Bahia, ou R$ 21,00/kg no Pará, não são números diretamente comparáveis sem converter unidade.
É possível que os valores citados se refiram a lotes específicos ou qualidade específica (ex: grão seco, lavoura orgânica, etc).
O produtor deve considerar custo de produção para saber se está operando com lucro ou prejuízo.
Para produtores
Se você é produtor de cacau, estas são algumas recomendações com base na cotação atual:
Confira diariamente ou semanalmente a cotação no seu estado/região, para saber quando vale colher, entregar ou armazenar.
Calcule seus custos de produção reais (insumos, mão-de-obra, transporte, secagem). Se o preço for menor do que esse custo, vender pode significar prejuízo.
Avalie a qualidade do seu grão: se você consegue grão de alta qualidade, há potencial para receber prêmio de preço.
Armazenamento: se você acredita que o mercado subirá (por exemplo, por oferta internacional apertada), pode valer a pena armazenar. Mas lembre-se dos custos de estocagem e risco de deterioração.
Diversificação: caso o preço do cacau esteja baixo, considerar diversificar cultivo ou agregar valor (beneficiamento, chocolate artesanal) pode reduzir risco.
Esteja atento ao câmbio, logística e contratos com compradores.
Para compradores e indústrias
Esteja atento à oscilação dos preços e como isso impacta o custo dos insumos para fabricação de chocolate, cosméticos, etc.
Contratos de longo prazo ou parcerias com produtores podem reduzir risco de variação de preço.
Verifique a origem e qualidade do grão: grão de qualidade inferior pode reduzir o rendimento ou exigir maior custo de processamento.
Considere que o Brasil está inserido num contexto global — oferta elevada em países produtores pode pressionar o preço para baixo, mas problemas climáticos ou de logística podem elevá-lo.
Cenário futuro
Com base nas tendências globais, há alguns pontos a considerar para o futuro do mercado de cacau no Brasil:
Se a produção na África Ocidental for afetada por clima ou logística, pode haver pressão de alta no mundo, o que pode beneficiar produtores brasileiros. Por exemplo, a fonte menciona a possibilidade de safra mais forte na Costa do Marfim levar a excedente e pressão de baixa.
No Brasil, se a produção for menor (por exemplo, por pragas ou clima adverso), pode haver valorização local dos grãos.
Por outro lado, se a oferta global for ampla e o consumo estagnar ou crescer pouco, o preço pode permanecer baixo ou cair.
A demanda por chocolates premium, orgânicos ou sustentáveis pode gerar nichos de mercado com preço acima da média.
Em resumo: o preço do cacau no Brasil hoje mostra valores que variam bastante entre estados e unidades de medida — por exemplo, R$ 330/arroba na Bahia, ou R$ 21/kg no Pará conforme uma das últimas divulgações. Essas variações evidenciam a importância de se levar em conta qualidade, unidade, região e data.
Para quem é produtor ou parte da cadeia do cacau, é essencial acompanhar não apenas o valor nominal, mas também o contexto: custos de produção, logística, câmbio, tendências globais e condições climáticas. Existe tanto oportunidade quanto risco — e a tomada de decisão (venda imediata vs armazenamento; foco em volume vs qualidade) depende desses fatores.





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