Preço do Cacau Hoje
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- 21 de nov.
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Qual é o preço do cacau hoje?
Cotação no Brasil
No Brasil, segundo dados recentes:
No estado da Bahia, o preço ficou em R$ 307,00 por arroba (≈ 15 kg).
No estado do Pará, o preço está em R$ 19,00 por kg.
Em outro indicador, a cotação por saca no Espírito Santo mostra R$ 1.228,00 por saca.
Esses números dão uma boa referência de quanto está sendo comercializado no campo ou pelo produtor no Brasil.
Cotação internacional
No mercado internacional, por exemplo para contratos futuros de cacau:
No mercado de Commodities, o preço do cacau estava em torno de US$ 5.019,49 por tonelada (USD/MT) em 20 de novembro de 2025.
Em outras fontes, há referência a valores como “US$ 5.147,00” ou “US$ 5.099,00–5.261,50 faixa diária” para contratos futuros.
Portanto, há uma boa convergência de que o preço internacional está na faixa de US$ 5.000 por tonelada, o que permite comparar com a produção e comercialização brasileira.
Por que o preço está nesse nível?
Oferta e procura
A produção mundial de cacau concentra-se fortemente em países como Costa do Marfim e Gana, que juntos representam mais de 60 % da produção global.
Quando a oferta aumenta ou há expectativas de colheitas maiores, os preços tendem a cair. Por outro lado, interrupções na oferta (pragas, clima adverso) podem elevar os preços.
Fatores externos e regulatórios
Fatores como tarifas, barreiras comerciais, regulação de desmatamento ou regimes de importação/exportação podem afetar o preço. Por exemplo: “Os futuros de cacau foram negociados em torno de US$ 5.050 por tonelada, mantendo-se perto do nível mais baixo desde janeiro de 2024, apoiados por desenvolvimentos positivos nas tarifas…”
No Brasil, fatores como logística, mudança de safra, clima (secas, chuvas) ou doenças que afetam o cacau-cultura também impactam o preço local.
Variações cambiais e custos internos
No Brasil, o câmbio (valor do USD/BRL), custo de produção (fertilizantes, mão de obra, transporte) têm peso relevante. Um produto exportado pode receber um preço internacional que depois, convertido, implica no valor para produtor no Brasil.
Por exemplo, se o dólar sobe, o produtor exportador pode receber mais em reais — mas se o custo de produção também sobe (por importados, como fertilizantes), o efeito líquido pode não ser tão grande.
Como interpretar os valores brasileiros vs internacionais
Conversão e escalas
O valor internacional de ~US$ 5.000/tonelada: 1 tonelada = 1.000 kg. Logo ~US$ 5 por kg (se simplificarmos) ou ~US$ 75 por arroba de 15 kg (a título de exemplo).
No Brasil vemos R$ 307 por arroba na Bahia. Se convertêssemos para US$ com câmbio hipotético de, digamos, R$ 5,20/US$ (só como exemplo), R$ 307 ≈ US$ 59 por arroba (~US$ 3,93 por kg).
Isso mostra que o preço local pode estar abaixo do equivalente bruto internacional – o que pode refletir custos logísticos, qualidade diferenciada, condições de mercado, etc.
Diferenças de qualidade, local e escala
O cacau produzido no Brasil pode ter características distintas (qualidade, variedade, clima) do produzido na África ou sudeste asiático.
A escala de produção e exportação brasileira é menor que dos maiores produtores globais, o que gera diferentes margens e custos.
Muitas vezes, produtores locais vendem para mercado interno ou processadores locais, o que implica menor renda que exportação direta para derivados.
ortância para produtores e para a cadeia
Para o produtor do Brasil, saber o preço de R$ 307/aroba (Bahia) ou R$ 19/kg (Pará) é crucial para definir se vale produzir ou substituir por outra cultura.
Para o comerciante ou exportador, acompanhar o preço internacional de ~US$ 5.000/tonelada ajuda a planejar exportações, contratos, hedge ou decidir estocar.
Para a indústria (chocolates, bebidas de cacau), saber que o preço internacional está relativamente baixo (em suas próprias médias históricas) pode oferecer oportunidade de compra ou revisar estoques.
Evolução recente e tendências
Queda recente
Nos dados da Trading Economics, o preço do cacau estava em torno de US$ 5.061 por tonelada em 20 novembro de 2025 — uma subida recente de 2,39% no dia, mas uma queda de cerca de 14,45% no mês anterior e queda de ~40,44% comparado ao mesmo período do ano anterior.
Em termos brasileiros, em algumas regiões da Bahia e Espírito Santo observou-se variações negativas de 4-8% em um dia.
Possíveis fatores de tendência
A perspectiva de safra global mais favorável (oferta maior) tem pressionado os preços para baixo. Trading Economics citou: “os futuros de cacau foram negociados em torno de US$ 5.050 por tonelada, mantendo-se perto do nível mais baixo desde janeiro de 2024”.
Regulação sobre desmatamento ou barreiras comerciais sendo revistas pode aliviar expectativas de escassez, reduzindo pressão de alta.
Por outro lado, fatores climáticos negativos, pragas ou interrupções logísticas podem gerar reversão para cima.
Expectativas futuras
Segundo estimativas, o preço poderia estar em torno de US$ 4.346,70 daqui a 12 meses, de acordo com modelos projetados pela Trading Economics.
Isso indica uma expectativa de queda ou pelo menos de moderação de preços — o que pode impactar produtores que esperavam preços mais altos.
Impactos para diferentes atores da cadeia
Produtores
Para o produtor no Brasil, o nível de ~R$ 307/aroba pode ou não cobrir os custos de produção, dependendo de cultivar, manejo, produtividade, localização e logística.
Se os preços internacionais permanecerem baixos ou caindo, pode haver pressão para reduzir custos ou considerar trocar de cultura.
Importante: controlar custos — insumos, mão-de-obra, qualidade — torna-se ainda mais crucial.
Exportadores e comerciante
Exportadores devem observar o spread entre o preço internacional e o preço local: se o câmbio estiver favorável e custos logísticos aceitáveis, pode haver oportunidade de exportação.
No entanto, com os preços internacionais baixos, a margem fica mais apertada.
Contratos futuros ou hedge podem proteger contra quedas, especialmente se o produtor ou comerciante tiver exposição internacional.
Indústria de processamento e chocolate
Um preço mais baixo do cacau bruto pode beneficiar indústrias de chocolate (matéria-prima mais barata) — potencialmente margens maiores ou repasse ao consumidor.
Mas se a qualidade não for satisfatória, pode haver impacto sobre produto final ou marca.
Para marcas premium ou que valorizam origem, pode haver foco em qualidade mais elevada, o que pode permitir pagar mais por tonelada de cacau fino.
Políticas públicas e cadeias de valor
No Brasil, políticas de apoio à cacauicultura, incentivos para melhoria da qualidade, e apoio logístico podem ajudar produtores a manter ou ampliar renda mesmo com preços adversos.
Em um cenário de preços baixos, investimentos em qualidade, certificações (orgânico, comércio justo) ou agregação de valor podem ser diferenciais.
Fatores específicos a acompanhar
Para quem está atento ao mercado de cacau, aqui vão alguns “observáveis” importantes:
Clima e safra: chuvas, secas, doenças (como a vassoura-de-bruxa que afetou no passado a Bahia) podem reduzir oferta e provocar elevação dos preços.
Câmbio: como a exportação é cotada em dólar, a variação USD/BRL afeta diretamente a renda do produtor brasileiro.
Qualidade e originação: O cacau “fino” ou de origem específica (terroir, sombra, agrofloresta) pode conseguir prêmios acima do cacau “comum”.
Custos de produção e logística: transporte, secagem, armazenagem; no Brasil regiões afastadas ou com infraestrutura precária enfrentam maiores desafios.
Regulação e comércio internacional: tarifas, acordos comerciais, bloqueios ou mudanças em política ambiental (ex: desmatamento) impactam exportações e percepção de risco.
Demanda global: consumo de chocolate, tendências de premiumização, crescimento em mercados emergentes — tudo isso afeta a procura.
Concorrência de outros países: Quando países-grandes como Costa do Marfim ou Gana têm colheitas recordes, isso pode pressionar preços para baixo no mundo inteiro.
Considerações finais e recomendações
Para encerrar, aqui vão algumas conclusões práticas:
O preço do cacau hoje (no Brasil) na Bahia ~R$ 307/aroba e no Pará ~R$ 19/kg é um nível que produtores devem usar como referência para planejar safra, custo, investimento.
No mercado internacional (~US$ 5.000/tonelada) estamos em níveis baixos comparados a picos anteriores — o que sinaliza cautela para quem está entrando ou expandindo no ramo.
Dada essa realidade, é recomendável que produtores brasileiros:
Façam análise de custo real de produção da sua fazenda (insumos, mão de obra, transporte, secagem) para ver se o preço atual cobre ou gera margens aceitáveis.
Avaliem a qualidade de seu produto e se há oportunidade de produzir cacau “fino” ou de maior valor agregado, o que pode permitir preços melhores mesmo num mercado desfavorecido.
Acompanhem câmbio, custo de insumos importados e logística como variáveis de risco.
Considerem diversificação ou integração vertical (por exemplo, processar parte do cacau ou estabelecer contratos mais vantajosos).
Acompanhem o mercado internacional: uma reversão de oferta ou aumento da demanda pode gerar salto de preços. Estar preparado é vantagem.
Para comerciantes ou investidores, o cenário atual mostra risco de baixa ou de preços estagnados no curto a médio prazo — a menos que ocorra algum evento de oferta inesperado (clima, praga). Mas também pode ser período de oportunidade de compra ou de estabelecimento de contratos de longo prazo.



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