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PREÇO DO CACAU HOJE

Atualizado: há 25 minutos

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Quanto custa o cacau atualmente?

Aqui estão alguns valores observados para diferentes mercados, conforme fontes recentes:

  • No Brasil, segundo o site Mercado do Cacau, em 19/09/2025:

    • Bahia: ~ R$ 425,00 por arroba (uma arroba = 15 kg)

    • Espírito Santo: ~ R$ 1.700,00 por saca (tipicamente 60 kg)

    • Pará: ~ R$ 33,00 por kg

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  • No mercado internacional/futuro:

    • Preço de futuros do cacau em Nova York: cerca de US$ 7.219,00 por tonelada

    • Usando outro contrato de mercado de referência, há registro de preços em ~ US$ 7.611,95 / tonelada em 15 de setembro de 2025, alta de ~2,59% em relação ao dia anterior.

Esses preços mostr

am discrepâncias segundo local de produção (estado, país), tipo de contrato (spot, futuro), qualidade do cacau e custos logísticos.


O cacau é uma commodity estratégica: matéria-prima indispensável para a indústria de chocolate, além de ter usos em cosméticos, bebidas e vários produtos alimentícios. Seu preço afeta diretamente produtores rurais, comércio internacional, indústrias transformadoras, consumidores finais e até políticas públicas. Saber o valor do cacau hoje, compreender por que ele está nesse patamar e o que pode alterar esse cenário são passos essenciais para quem produz, negocia ou consome esse produto.



Fatores que determinam o preço do cacau

Para entender para onde o preço vai e por que ele oscila, é necessário ver os principais determinantes:

  1. Oferta / Produção

    • Principais países produtores, como Costa do Marfim e Gana, respondem por grande parte da oferta mundial. Problemas climáticos (secas, geadas, excesso ou falta de chuvas) afetam fortemente a produtividade.

    • Doenças nas plantas, pragas e envelhecimento de plantações também reduzem rendimento.

    • Custos de insumos — fertilizantes, defensivos, mão de obra — têm subido, encarecendo produção.

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  1. Demanda mundial

    • O consumo global de chocolate, além de cosméticos que usam derivados do cacau, cresce naturalmente com aumento de renda em alguns países, inovações de produto, e mudança nos hábitos de consumo.

    • Variações cambiais: se o dólar está forte, pode incentivar exportações, encarecer importações para indústrias locais.

  2. Mercado de futuros e especulação

    • Muitos contratos de cacau são negociados antecipadamente em bolsas de mercadorias. Expectativas de oferta futura (secas, políticas, etc.) influenciam esses contratos.

    • Especulação pode amplificar oscilações de preços.

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  1. Câmbio e tarifas

    • Para países produtores/exportadores, o valor da moeda local frente ao dólar (ou outras moedas fortes) impacta o rendimento dos exportadores.

    • Barreiras tarifárias, subsídios ou políticas de apoio a produtores podem alterar custos e incentivos.

  2. Logística e custos de transporte

    • Transporte internacional, frete marítimo, armazenagem, custo de embarque e seguro.

    • Infraestrutura local: estradas, armazenamento seco, acesso a portos.

  3. Políticas públicas e regulação

    • Apoio ou subsídios para agricultores, preços mínimos garantidos.

    • Regras sanitárias, certificações (ex: orgânico, comércio justo), padrões de qualidade que exigem mais investimento, mas podem garantir preço melhor.

    • Políticas ambientais — por exemplo, reflorestamento, impacto climático — podem impor custos adicionais ou restringir áreas de cultivo.


Situação recente: por que o cacau está “alto”

Com base em notícias e relatórios recentes:

  • O cacau tem atingido patamares historicamente elevados em alguns mercados, impulsionado por problemas de oferta. Exemplo: secas e doenças em países da África Ocidental, que são grandes produtores. Wikipedia+1

  • Os estoques em portos ou depósitos estratégicos mostraram sinais de queda, o que cria pressão de alta nos preços futuros.

  • Apesar da alta recente, há variações: por exemplo, no Brasil, em estados como Bahia, Espírito Santo e Pará, houve quedas recentes de preços locais.


Impactos da alta do preço do cacau

A elevação dos preços do cacau traz ganhos e desafios, dependendo do elo da cadeia produtiva:

  • Para produtores (cacaueiros), se conseguem acesso ao mercado e qualidade adequada, o preço alto representa melhores rendas. Contudo, muitos pequenos produtores enfrentam custos altos, crédito limitado, falta de assistência técnica, o que pode comprometer os ganhos.

  • Para indústrias transformadoras (chocolates, doces, cosméticos), aumento nos custos de matéria-prima pressionam margens. Isso pode levar a aumento de preços ao consumidor ou à redução de margens de lucro.

  • Para consumidores finais, inevitavelmente, produtos que usam cacau tendem a ficar mais caros. Isso pode levar a substituição por produtos mais baratos, redução do consumo ou ajustes de tamanho das embalagens.

  • Em nível macroeconômico, influência nos termos de troca dos países exportadores, impacto sobre comércio exterior, balanço de pagamentos, investimentos em cadeias produtivas.


Preço do cacau no Brasil vs preço internacional

É importante destacar que o preço observado no Brasil sofre influências adicionais:

  • Custo de produção local (mão de obra, insumos, transporte interno)

  • Taxas de câmbio (pois exportadores recebem em dólar, mas muitos custos são em reais)

  • Custos de certificação, qualidade, fermentação, secagem, política estadual/local.

O preço internacional – visto em bolsas de futuros ou cotações internacionais – funciona como referência, mas não se traduz diretamente em valor que o produtor nacional recebe, devido a descontos, custos logísticos, taxas e impostos.


Perspectivas para o futuro

Considerando os fatores atuais, algumas tendências e possíveis cenários:

  1. Continuação da volatilidadeDado o clima incerto, mudança climática, possibilidade de pragas ou surtos de doenças, espera-se que os preços continuem sujeitos a interrupções de oferta, com possíveis picos.


  1. Maior investimento em sustentabilidade e qualidadeProdutores que adotarem práticas sustentáveis (ex: agroflorestas, redução de impacto ambiental, manejo integrado de pragas) podem garantir melhor acesso a mercados que pagam prêmio. Isso também pode melhorar a resiliência da produção frente às mudanças climáticas.

  2. Políticas de apoioGovernos de países produtores podem adotar políticas para proteger o produtor pequeno: seguro agrícola, financiamento, assistência técnica, garantias de preço mínimo, diversificação da economia rural.

  3. Câmbio seguirá sendo um fator críticoValorização ou desvalorização da moeda nacional pode aumentar ou diminuir os ganhos reais para o produtor ou os custos para a indústria interna e consumidor.

  4. Preços ao consumidor e elasticidadeEm mercados consumidores, se os produtos com cacau ficarem muito caros, pode haver queda de consumo ou mudança para alternativas (chocolates mais simples, produtos substitutos). Indústrias podem também repensar formulações ou embalagens.

O preço do cacau hoje está em níveis elevados no mercado internacional, com tensões de oferta e custos de produção que pressionam para cima. No Brasil, embora haja momentos de queda ou variação, muitos estados veem preços relativamente altos considerando o histórico recente, mas também enfrentam desafios para transformar esse valor nominal em benefício real para os produtores.

Para quem estiver envolvido com a cadeia do cacau — seja como produtor, industrial, comerciante ou consumidor — acompanhar não apenas a cotação de hoje, mas os fatores estruturais que influenciam oferta, demanda e custos, é essencial. As oscilações futuras podem ser grandes, e a capacidade de adaptação será um diferenciada.

 
 
 

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