Preço do Cacau Hoje
- tiel vídeos
- 24 de set.
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de set.

Cotação atual
Na Bahia: R$ 380,00 por arroba (≈ 15 kg)
No Espírito Santo: R$ 1.520,00 por saca (unidade de 60 kg)
No Pará: R$ 31,50 por kg
Esses números permitem ter uma noção de como o mercado global e local estão se comportando, embora muita coisa aconteça “por trás” dessas cifras.
Por que o preço do cacau oscila tanto?
Para entender oscilação, é importante olhar para os fatores que influenciam o mercado:
1. Oferta e produção nos grandes países produtores
Os dois maiores produtores de cacau são Costa do Marfim e Gana, que juntos respondem por mais da metade da produção mundial. Problemas climáticos, doenças (como a podridão ou “black pod disease”), pragas ou falta de manejo adequado podem reduzir a produção, gerando escassez.
Por exemplo, colheitas fracas recentes em países africanos levaram a aumentos de preços no passado recente.
2. Clima, chuvas e secas
O cacau é uma cultura tropical sensível ao regime de chuvas e temperatura. Secas prolongadas ou excesso de chuva no momento errado (por exemplo, durante a polinização ou maturação) podem afetar o rendimento e a qualidade dos grãos.
3. Estoques globais e expectativas futuras
Quando se espera uma safra abundante ou uma recuperação da produção, os preços tendem a recuar. Em 2025/26, analistas apontam que a oferta pode crescer para recompor estoques globais, o que pressiona preços para baixo.
4. Demanda por chocolate, derivados e commodities correlacionadas
O cacau é a matéria-prima do chocolate e de diversos produtos alimentícios (bombons, tabletes, recheios) e também é usado na indústria cosmética (manteiga de cacau, extratos). Se a demanda global por chocolate aumentar, ou se houver um boom de consumo em mercados emergentes, isso pode elevar os preços.
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5. Fatores macroeconômicos e cambiais
Taxa de câmbio: no Brasil, a cotação do dólar frente ao real influencia bastante. Se o real se desvaloriza, produtos agrícolas exportados ficam mais “baratos” para compradores externos, elevando o preço em reais.
Políticas de importação/exportação, tarifas, subsídios agrícolas e regulamentos ambientais (ex: leis contra desmatamento) também podem afetar a oferta e os custos.
Especulação e contratos futuros: parte significativa da formação de preço do cacau ocorre em mercados futuros, com participantes apostando nas tendências (compra/venda futura) e, às vezes, causando volatilidade.
6. Custos de produção
Os produtores sofrem com custos como fertilizantes, mão de obra, transporte, irrigação, defensivos agrícolas etc. Se esses insumos ficam mais caros, o produtor precisará repassar parte para o preço do cacau.
Além disso, problemas logísticos — estradas precárias, transporte caro — podem elevar o “custo Brasil” para os cacauicultores.
Impactos do preço elevado (ou em queda)
Para os produtores de cacau
Preço elevado: quando os preços estão altos, os produtores têm margens melhores — desde que consigam manter boa produtividade e qualidade. Isso pode incentivar o investimento em insumos, manejo florestal, recuperação de áreas degradadas etc.
Volatilidade: margens podem desaparecer rapidamente se houver reversão de mercado, colheita recorde em países concorrentes ou queda na demanda.
Risco de abandono: mudanças climáticas, doenças ou baixas margens podem levar produtores a abandonar a atividade.
Incentivo à expansão ou intensificação: preços elevados atraem novos produtores ou estimulam aumento de produtividade.
Para a indústria de chocolate e bens finais
Aumento nos custos de matéria-prima: grande parte do custo dos fabricantes de chocolate é o cacau. Se o preço sobe muito, isso pode pressionar os preços no varejo.
Repasse ao consumidor final: dependendo da elasticidade de demanda e da concorrência, parte desse aumento será repassada em forma de produtos mais caros.
Substituição ou inovação: fabricantes podem buscar alternativas ou otimizar formulações (usar menos cacau, misturas alternativas) ou trocar por outros sabores quando os preços atingem patamares muito elevados.
Para os mercados financeiros e investidores
O cacau é uma commodity negociada em bolsas. Investidores utilizam contratos futuros, opções, ETFs ou derivativos para “apostar” na variação de preços.
Preços elevados atraem interesse especulativo, que pode amplificar movimentos de alta ou de correção.
Empresas da cadeia (fabricantes, exportadoras) são sensíveis a essas flutuações e podem ver seus resultados impactados.
Para o consumidor final
Produtos derivados como chocolates, bombons, tabletes etc. tendem a subir de preço.
Pode haver redução de margens para marcas ou cortes em formulas para manter preços competitivos.
Em mercados mais sensíveis ao preço (países de menor renda), poderá haver queda no consumo ou substituição por produtos mais baratos.






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