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Preço do Cacau Hoje

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Estado

Unidade de medida

Preço*

Bahia

arroba (15kg)

~ R$ 645,00 

Espírito Santo

saca (60kg)

~ R$ 2.580,00 

Pará

quilo (kg)

~ R$ 40,00/kg 


O mercado do cacau é um dos mais relevantes para a cadeia do chocolate, confeitaria e derivados. Com a crescente atenção a matérias-primas agrícolas, entender o preço do cacau — tanto no mercado internacional quanto no Brasil — tornou-se fundamental para produtores, compradores, investidores e interessados na economia agrícola. Neste artigo, vamos detalhar: (1) os valores de referência atuais do cacau, (2) como se formam esses preços, (3) fatores que os influenciam, (4) a situação específica do Brasil, e (5) implicações para o setor e para você.


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Referências de preço no mercado internacional

Para termos uma base global de comparação, vejamos os valores internacionais do cacau:

  • No mercado de futuros da Intercontinental Exchange (ICE) ou da New York Mercantile Exchange (NYMEX) para cacau, o preço por tonelada está em cerca de US$ 6.319/tonelada em 24 de outubro de 2025.

  • Outra fonte indica preço de aproximadamente US$ 6.367/tonelada em relatório recente.

  • Historicamente, o preço havia atingido picos superiores, como cerca de US$ 12.646/tonelada nas últimas 52 semanas.

  • Os dados da plataforma Trading Economics apontam que o cacau caiu para US$ 6.319/tonelada em 24 de outubro de 2025, uma queda mensal de ~9%.

Esses valores são úteis para quem trabalha com contratos internacionais, commodity, ou importa/compra cacau como matéria-prima em escala global.

2. Referências de preço no Brasil

No contexto brasileiro, o cacau também possui diversas formas de cotação: por arroba (no caso de estados como Bahia), por saca, por quilo etc. Vamos ver alguns exemplos:

  • Na Bahia, o preço citado para a arroba está em cerca de R$ 540,00.

  • No Espírito Santo, cotações por saca indicam cerca de R$ 2.160,00/saca.

  • No estado do Pará, cotação por quilo aparece como R$ 21,00/kg em determinado fechamento.

  • Outra tabela mais recente mostra: Bahia ~ R$ 615,00/@; Espírito Santo ~ R$ 2.460,00/saca; Pará ~ R$ 40,00/kg.

  • Em termos de preço de feijão de cacau no atacado no Brasil: entre US$ 2,56 e US$ 4,44/kg (~R$ 13 a R$ 24/kg, dependendo do câmbio) para “wholesale”.

Esses valores mostram que existe uma diversidade grande de faixas de preço dentro do Brasil, dependendo de unidade de medida, qualidade, localização, dentre outros fatores.

3. Como se forma o preço do cacau?

Para entender por que o preço está no nível que está — e pode mudar — vale explicar os principais mecanismos de formação:

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Oferta e demanda

  • A oferta global de cacau é concentrada em poucas regiões: por exemplo, a Costa do Marfim e o Gana respondem por cerca de 60% ou mais da produção mundial.

  • Quando a produção ou colheita nessas regiões enfrenta problemas (seca, doenças, árvores envelhecidas), a oferta diminui → pressão para alta nos preços.

  • Por outro lado, a demanda — para chocolate, manteiga de cacau, derivados — pode variar. Em períodos de demanda mais fraca, os preços também recuam. Por exemplo, houve queda na moagem (processing) na Ásia e Europa que pressionou os preços.

3.2 Custos de produção, câmbio e logística

  • Produtores enfrentam custos de insumos, mão de obra, transporte; se esses custos sobem, esperam-se preços maiores para compensar.

  • Para o Brasil, o câmbio (real/dólar) influencia: como o preço internacional é em dólares, o valor em reais pode variar muito conforme a taxa de câmbio.

  • A logística de escoamento, armazenamento, qualidade do grão, também fazem diferença.


Qualidade, tipo e certificações

  • Cacau de melhor qualidade, com certificações de sustentabilidade ou de origem especial, pode alcançar preços maiores.

  • A unidade negociada (tonelada, arroba, quilo) e a qualidade (teor de cacau, contaminações, grau de maturação) fazem muita diferença.

3.4 Futuros e especulação

  • No mercado internacional de commodities, os contratos futuros são negociados e refletem expectativas de oferta/demanda futura. Exemplos: contratos para dezembro de 2025, março de 2026 etc.

  • A especulação pode amplificar movimentos de alta ou baixa, mesmo que a oferta atual não tenha mudado dramaticamente.

3.5 Fatores climáticos, regulatórios e estruturais

  • Doenças nas plantações, como a vassoura-de-bruxa ou outras, envelhecimento de plantações, baixos investimentos em replantio nas grandes origens.

  • Regulamentações ambientais (como proibição de desmatamento) ou políticas agrícolas de países produtores podem impactar a oferta.

  • Fatores macroeconômicos e moedas também desempenham papel.


A realidade brasileira e seus desafios

No Brasil, o cultivo de cacau tem particularidades que merecem atenção:

4.1 Produção e potencial

  • O Brasil historicamente teve forte produção em regiões como Sul da Bahia, mas vem enfrentando desafios de retenção de mão de obra, envelhecimento de plantações, viabilidade econômica.

  • Recentemente, foi destacado que o Brasil tem “potencial de crescimento” na produção de cacau — se os preços se mantiverem altos por um período.


Variação de preços por região e unidade

  • Como vimos, os preços por arroba ou por quilo variam muito: Bahia, Espírito Santo, Pará têm faixas diferentes.

  • Isso se deve à qualidade da produção, logística local, custos regionais, escala de produção.

  • Para produtores familiares, o preço de arroba pode determinar se a atividade é rentável ou não.

4.3 Impacto para produtores e para o setor

  • Quando os preços internacionais sobem, isso pode representar oportunidade para produtores brasileiros vendendo para exportação ou para processamento interno.

  • Porém, se os preços caem ou se a oferta local aumenta sem demanda, pode haver pressão para baixo.

  • Além disso, custos elevados ou reformas necessárias nas plantações podem reduzir margens.

4.4 Exemplos recentes e contexto

  • Em um artigo, era mencionado que nos últimos dois anos o preço do cacau mais que dobrou: “mais de 190%” de aumento, segundo estimativas.

  • Entretanto, também já houve recuo: há estatísticas de que o preço caiu cerca de 6,91% no ano até certo momento.


Implicações para quem compra, comercializa ou utiliza cacau

Se você está no negócio de compra de cacau, processamento, chocolate, ou mesmo agrícola, veja algumas considerações práticas:

5.1 Para compradores e processadores

  • Custo da matéria-prima: um aumento no preço do cacau impacta diretamente o custo de fabricação de chocolate, barras, doces.

  • Necessidade de hedge ou contrato antecipado: para mitigar o risco de variação de preço, usar contratos futuros ou acordos de fornecimento com preço fixo pode ser interessante.

  • Qualidade importa: pagar um pouco mais por grãos de melhor qualidade pode gerar economia ou valor agregado downstream.


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Para produtores

  • Monitoramento constante da cotação internacional e da cotação regional no Brasil: saber quando o preço está “bom” para vender.

  • Custo de produção vs. preço de venda: calcular se a produção é viável no cenário atual.

  • Considerar diversificação ou agregar valor: produção de cacau fino, com certificação, pode gerar margens maiores.

5.3 Para investidores ou interessados em commodities

  • O mercado do cacau possui volatilidade — tanto para cima quanto para baixo.

  • Fatores externos (clima, políticas, doenças) podem gerar surpresas.

  • Utilizar informações de fontes confiáveis para seguir tendências.

Em resumo:

  • O preço internacional do cacau atualmente (outubro de 2025) está próximo de US$ 6.300 a US$ 6.400/tonelada para contratos futuros.

  • No Brasil, os preços variam bastante por região e unidade de medida, com exemplos como R$ 540/@ na Bahia ou R$ 21/kg no Pará.

  • A formação do preço envolve oferta, demanda, custos, qualidade, logística, câmbio, além de fatores climáticos e regulatórios.

  • Para o Brasil, há oportunidades – mas também desafios – dadas as condições de produção, escala e preparo para o mercado.

  • Quem compra ou utiliza cacau deve estar atento ao cenário internacional, à cotação local, e aos fatores que afetam a cadeia de valor.


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