Preço do Cacau Hoje no Brasil
- tiel vídeos
- 12 de nov.
- 9 min de leitura

Estado | Unidade | Preço | Atualização |
Bahia (BA) | arroba (/@) | R$ 330,00 | 12/11/2025 |
Espírito Santo (ES) | saca | R$ 1.320,00 | 12/11/2025 |
Pará (PA) | quilograma (kg) | R$ 21,00 | 12/11/2025 |
Histórico recente de preços do cacau
Nos últimos anos, o preço do cacau experimentou uma elevação significativa. Por exemplo, segundo relatório, o preço no mercado internacional ultrapassou US$ 10.000 por tonelada em 2024.
Um exemplo concreto: em fevereiro/2025, os preços foram reportados em cerca de US$ 10.709 por tonelada em janeiro de 2025, segundo o banco Sicredi.
No Brasil, há variações regionais e por tipo de contrato: por exemplo, em 28 de janeiro de 2025, em algumas praças da Bahia o preço já aparecia em torno de R$ 938 por saca em um estado, R$ 59,00 por kg no Pará.
No entanto, também há registro de queda: por exemplo, em setembro de 2025, o preço da arroba do cacau na praça de Ilhéus caiu para cerca de R$ 380, o que representou uma queda de cerca de 58% em oito meses.
De maneira resumida: tivemos um pico histórico elevado, seguido de algum recuo ou expectativa de recuo dependendo da região e do mercado.
Principais fatores que influenciam o preço do cacau
Para entender a dinâmica de preços, é preciso olhar para a oferta, a demanda e fatores externos. Vejamos os principais:
3.1 Oferta (produção, estoques, clima)
A produção global concentra-se fortemente em países da África Ocidental (por exemplo, Costa do Marfim e Gana). Problemas climáticos (geadas, secas, pragas) nessa região têm grande impacto. Por exemplo: a combinação de clima adverso com quebra de safra elevou fortemente os preços em 2024.
Estoques e moagem: segundo a International Cocoa Organization (ICCO), para a temporada 2023/24 haveria déficit de produção de cerca de 718 mil toneladas, com queda na moagem de 306 mil toneladas, o que reduziu os estoques finais em 462 mil toneladas (-26,1%).
Relação Estoque/Moagem: um indicador crítico. Por exemplo, no relatório do Sicredi vimos que a relação estoque/moagem caiu para níveis baixos (~31,8%) indicando oferta mais justinha.
Em contrapartida, há indicação de que a produção na África Ocidental poderia melhorar em 2024/25, o que tenderia a aliviar a pressão de preços.
3.2 Demanda
A demanda por cacau deriva principalmente da indústria de chocolate, confeitaria e derivados. Quando o preço sobe muito, fabricantes podem tentar repassar custos ao consumidor ou ajustar formulações. Por exemplo: o preço elevado do cacau levou a indústria brasileira a se preparar para repassar custos nos ovos de Páscoa de 2025.
Demanda também pode ser afetada por câmbio, custo de transporte, regulamentos (como normas de sustentabilidade, rastreabilidade de origem) que adicionam custo à cadeia.
Demanda regional: mercados consumidores em países desenvolvidos impactam a cadeia global.
Outros fatores externos
Clima e eventos extremos: geadas, secas, excesso de chuva, pragas. Por exemplo, o co-fundador da marca Dengo, Estevam Sartoreli, afirmou que “o clima fez o cacau disparar… chegou a bater US$ 12 000 por tonelada em 2024”.
Cambial e macroeconômico: no Brasil, a desvalorização do real encarece insumos importados e reduz poder de compra, além de tornar exportações mais vantajosas. Por exemplo, para a Páscoa 2025 os efeitos combinados do cacau caro + câmbio desfavorável foram destacados.
Especulação e contratos futuros: os mercados de futuros da commodity também influenciam expectativas de preço. Por exemplo, a análise da DailyForex indicou forte alta desde novembro/2022 no mercado de futuros do cacau.
Regulações ambientais e de origem: exigências de rastreabilidade, combate ao desmatamento, certificações, que podem aumentar os custos e influenciar oferta e preço.
Está-se vivendo um cenário ainda de preços elevados comparados aos anos anteriores, embora haja sinais de recuo em algumas praças.
No mercado internacional: conforme dados de agosto de 2025, o preço do cacau estava próximo de US$ 7.601/tonelada — abaixo dos picos acima de US$ 10.000, mas ainda elevado em termos históricos.
No Brasil: em 24 de setembro de 2025, a arroba do cacau em Ilhéus foi vendida a ~R$ 380, queda de ~58% em oito meses desde ~R$ 905.
Em contrapartida, em janeiro de 2025, em algumas regiões da Bahia o preço da saca estava em ~R$ 3.752 (estado Espírito Santo) ou R$ 938 (Bahia).
Para a indústria alimentar: a alta nos preços da matéria-prima já está repercutindo nos preços ao consumidor — por exemplo, expectativa de alta de ~18,9% para produtos de Páscoa em 2025, puxada pelo cacau mais caro.
Perspectivas mistas: segundo uma pesquisa da Reuters com 11 traders/analistas em fevereiro de 2025, espera-se que os preços caiam quase um terço até o final de 2025, se a oferta aumentar e a demanda se ajustar.
No entanto, outras instituições (como o Banco Mundial) apontam que o cacau e o café são exceções à tendência de queda de preços das commodities, devendo subir em 2025.
Cenário de queda: Se a oferta se recuperar substancialmente (melhora de safra na África Ocidental, estoques mais confortáveis) e a demanda esfriar, espera-se redução de preços. Por exemplo, a pesquisa da Reuters apontou previsão de ~5.500 libras por tonelada no fim de 2025 para Londres, 32% abaixo do fechamento anterior.
Cenário de manutenção/alta: Em contrapartida, o Banco Mundial estimou que o preço do cacau poderia atingir aproximadamente US$ 8.000 por tonelada em 2025, o que representaria aumento em relação à estimativa de ~US$ 7.330 para 2024.
Estrutura de mercado: Segundo o relatório do Sicredi, o estresse na relação estoque/moagem indica que, mesmo com recuo, o patamar de preços deve continuar alto em comparação histórica, possivelmente no intervalo de US$ 7.000 a US$ 9.000/tonelada.
Fatores de risco e variáveis a observar:
Quebras de safra imprevistas (clima, pragas)
Decisões governamentais sobre preço mínimo de exportação/ajustes
Maior investimento em países fora da África Ocidental, que pode ampliar oferta
Impacto econômico global que pode reduzir demanda por chocolate (ex: recessão, inflação)
Regulamentações ambientais (ex: EUDR na União Europeia) que podem afetar oferta/custo
Portanto, o roteiro deve apresentar aos ouvintes/leitores que o futuro do preço do cacau está condicionado a essas várias variáveis e que dois cenários básicos se desenham: recuperação de oferta → queda de preço; persistência de restrição de oferta → manutenção ou nova alta.
Produtores
Para produtores de cacau, especialmente em países como Brasil (Bahia, Espírito Santo), Costa do Marfim, Gana: preços elevados representam oportunidade de maior receita.
No entanto, eles também enfrentam custos elevados de insumos, clima adverso, logística e estrutura de produção que pode estar defasada.
Por exemplo, com o custo da matéria-prima tão alto, há incentivo para aumentar produção, mas isso exige investimento em poda, renovação de plantações, manejo, o que leva tempo.
Produtores brasileiros podem se beneficiar se conseguirem exportar ou se integrados à cadeia internacional, mas estão expostos a câmbio, custos locais e questões estruturais.
Contudo, se o preço cair (como em alguns cenários), existe o risco de ajustamento brutal que pode prejudicar os produtores que se acostumaram com patamares altos.
Indústrias (processamento, chocolate)
Para a indústria de chocolates, confeitaria e derivados, a alta do cacau representa aumento de custo da matéria-prima e risco de repasse para o consumidor.
Por exemplo, em 2025 o aumento de ~11,99% no preço dos ovos de Páscoa foi atribuído em parte à elevação de ~189% no valor do cacau nos últimos 12 meses até dezembro de 2024.
As empresas podem optar por reduzir margens, absorver custos, alterar formulações (menos cacau, mais substitutos, ingredientes mais baratos), ou repassar preço para o consumidor.
O risco para a indústria é elevado se preços permanecerem altos ou voláteis — planejamento de contrato, hedge, estoques tornam‐se importantes.
Consumidores finais
Para o consumidor, a alta do cacau significa chocolates, ovos de Páscoa, barras especiais, bebidas com cacau, poderão ficar mais caros.
No Brasil, por exemplo, o volume de vendas esperado para a Páscoa de 2025 foi estimado em R$ 3,36 bilhões, com previsão de recuo de volume (-1,4%) e impacto da alta da matéria-prima + câmbio.
Quando o preço da matéria-prima cai, há possibilidade de alívio, mas pode demorar até que esse recuo se reflita no varejo.
Além do preço: pode haver mudança de qualidade ou formulação dos produtos para compensar custos, afetando sabor, composição, origem do cacau.
Em regiões produtoras, a valorização do cacau pode significar melhores condições para os agricultores, se houver políticas de pagamento justo, cadeias sustentáveis.
Por outro lado, se houver recuo brusco, risco de instabilidade econômica para comunidades produtoras.
Em termos ambientais: a valorização pode estimular expansão de áreas de cultivo (pressão sobre florestas), ou investimento em sistemas mais sustentáveis (ex: agro-floresta).
Em termos de comércio internacional: países exportadores devem ganhar em receitas, mas também depender de diversificação para não ficarem à mercê de ciclos de alta/baixa.
Para facilitar o uso em vídeo ou artigo, segue uma sugestão de estrutura com tópicos e pontos de discussão:
Introdução
Abertura: “Você sabia que o preço da matéria-prima do chocolate, o cacau, chegou a ultrapassar US$ 10.000 por tonelada em 2024?”
Por que isso importa: impacto na cadeia, consumidores, produtores.
Objetivo do episódio/artigo.
Parte 1: O que é o cacau e como funciona o mercado
Breve explicação: o que é cacau (amêndoa, plantio, colheita), principais países produtores (Costa do Marfim, Gana, Brasil etc).
Como se negocia: mercado físico + contratos futuros (ex: bolsas de commodities). Referência para plataforma de negociação.
Importância econômica: para países produtores, para indústria mundial de chocolate.
Evolução dos preços nos últimos anos
Mostrar dados e gráficos (ex: máximo de ~US$ 10.709/ton em jan/25; pico histórico).
Exemplos no Brasil: variação regional, praças, oscilações.
Contextualizar com outras commodities: em 2024, o cacau valorizou ~174 % em dólares, segundo Data Mercantil.
Parte 3: Por que os preços subiram?
Quebras de safra, clima adverso (geadas, secas) especialmente na África Ocidental.
Estoques apertados + moagem reduzida → relação estoque/moagem crítica.
Demanda relativamente firme + especulação.
Impacto de câmbio, custos logísticos, regulamentos ambientais.
Exemplos e citações (como o caso da marca Dengo) mostrando que o cacau “ficou mais caro que o cobre”.
Situação atual e sinais de mudança
Apresentar os valores recentes: ~US$ 7.601/ton em agosto/25 (mercado internacional).
No Brasil: queda acentuada na arroba (R$ 380 em set/25).
Cautela: queda pode não significar retorno aos níveis antigos; o “novo normal” pode ser mais alto do que antes de 2022.
Destacar que há previsão de queda até ~-30% até final de 2025.
Ao mesmo tempo, previsão de subida para ~US$ 8.000/ton.
Cenário otimista (oferta melhora → preços caem) vs cenário cauteloso/altista (oferta ainda apertada → preços mantêm ou sobem).
Fatores-chave a acompanhar: safra da África Ocidental, estoques, demanda global, câmbio, regulamentos ambientais, produção “fora” da África.
Dica para produtores/indústrias: hedges, diversificação, contratos de longo prazo. Para consumidores: expectativas de preços de chocolate, ovos de Páscoa, etc.
Parte 6: Impactos para cada elo da cadeia
Produtores: oportunidade ou risco de queda.
Indústria de processamento: custos mais altos, necessidade de ajustes.
Consumidores finais: aumento do preço ou mudança de qualidade/receita.
Sociais/ambientais: produção sustentável, valor justo, impacto local.
Exemplos práticos: ovos de Páscoa mais caros, volume de vendas menor antecipado.
Recapitulação dos principais pontos: histórico, razões, situação atual, projeções, impactos.
Mensagem principal: o preço do cacau não é “apenas” um número — reflete clima, geografia, economia global e escolhas de consumo.
Chamada para ação ou reflexão: Por exemplo, para produtores: ficar atentos aos sinais; para consumidores: entender que parte do que pagamos reflete esse ciclo; para indústria: se adaptar.
Possibilidade de extensão: “No próximo episódio/artigo vamos ver como marcas de chocolate estão reagindo a esse cenário ou como as cadeias produtoras na Bahia.
Preço do cacau em foco”
“Em janeiro de 2025, o preço internacional do cacau atingiu cerca de US$ 10.709 por tonelada — um salto de mais de 300 % em relação aos níveis de 2022.” No Brasil, em setembro de 2025, a arroba do cacau foi negociada a apenas R$ 380, uma queda de 58% em oito meses.”
Locução trecho: “Por que subiu?”
“Quando a safra da África Ocidental é afetada por clima severo, a oferta global se aperta — como ocorreu em 2023/24, com um déficit estimado de 718 mil toneladas segundo a ICCO. Além disso, os estoques caíram para níveis tão baixos que o mercado ficou vulnerável a qualquer interrupção, elevando os prêmios pagos pela matéria-prima.”
“Para o final de 2025, há duas correntes: uma pesquisa aponta que os preços podem cair em até um terço, se a oferta se recuperar. Por outro lado, instituições como o Banco Mundial veem o preço médio em torno de US$ 8.000/ton — ou seja, ainda alto comparado ao passado.
“Para o consumidor brasileiro, o efeito é direto: para a Páscoa de 2025, espera-se que os ovos de chocolate sejam reajustados em cerca de +18,9% devido à alta do cacau e à desvalorização do real. ”“Para o produtor no campo: se o preço se mantiver elevado, há chance de ganhos — mas se ele despencar, como já se observa em algumas praças, o risco de retração é real.”
Sugestão de complementos visuais ou de slides
Gráfico histórico da cotação do cacau (ex: do relatório Sicredi ou ICCO) mostrando evolução de 2022-2025.
Mapa dos principais países produtores de cacau (Costa do Marfim, Gana, Brasil) e relação de produção global.
Quadro comparativo entre outras commodities agrícolas para contextualizar a alta do cacau (ex: café, soja) — lembre-se que o cacau teve valorização muito maior em 2024: ~174% segundo fonte.
Infográfico dos elos da cadeia (produtor → moagem/processamento → indústria de chocolate → consumidor) e onde o impacto de preços aparece.
Estimativa de impacto para o consumidor no Brasil (ex: tabela ou projeção).
Em resumo: o preço do cacau subiu fortemente devido a choque de oferta, estoques baixos e demanda firme; atualmente vivemos um momento de possível ajuste, mas ainda com patamares elevados.
Vale destacar que “alto” é relativo: mesmo com alguma queda, os valores ainda estão bem acima dos níveis pré-2022.
A cadeia produtiva como um todo precisa se adaptar: produtores precisam investir em resiliência climática, indústria precisa gerenciar risco de custos, consumidores e varejo precisam se preparar para preços mais altos ou mudança de mix.
Para quem está no mercado de chocolate, cacau ou agronegócio ligado ao cacau, é uma oportunidade de aprofundar o entendimento de mercado, negociar contratos com sabedoria e acompanhar de perto os indicadores de oferta/demanda.
Finalizando: “Fique atento aos próximos relatórios da ICCO, às safras da África Ocidental e ao câmbio — porque o que vai definir o próximo capítulo do preço do cacau está aí.”



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