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Preço do Cacau no Brasil Hoje

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Estado

Unidade usada

Preço de referência

Bahia

arroba (“@”)

R$ 312,00 por arroba

Espírito Santo

saca

R$ 1.248,00 por saca

Pará

quilograma (kg)

R$ 19,00 por kg


Valores de referência mais recentes no Brasil

  • Segundo o portal Notícias Agrícolas, para o fechamento de 17 / 10 / 2025:

    • Bahia: ~ R$ 312,00 por @ (arroba) para cacau na Bahia.

    • Espírito Santo: ~ R$ 1.248,00 por saca em ES.

    • Pará: ~ R$ 19,00 por kg.

  • Fonte alternativa: no site Mercado do Cacau é informado que “BA, R$ 450,00 arroba; ES, R$ 1.800,00 saca; PA, R$ 32,00 kg” (publicado em 15/10/2025) — contudo, esses valores parecem mais altos e possivelmente não tão atualizados ou com diferentes parâmetros.

  • Ainda, em outro site as cotações indicavam para “Bahia /@ R$ 380,00; Espírito Santo / saca R$ 1.520,00; Pará / Kg R$ 31,50”.

  • Dado internacional de referência: contratos futuros de cacau nos Estados Unidos estavam em cerca de US$ 5.861 por tonelada em 14/10/2025.

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    Resumo e observações:

    • Há variação grande entre estados/formatos de unidade (arroba, saca, kg) — o que torna essencial especificar qual unidade estamos usando.

    • O valor mais claro e recente para a Bahia (~R$ 312 por arroba) dá uma base concreta.

    • Vale lembrar: “arroba” no cacau pode ter um peso referência (em café, gado etc). É importante confirmar o peso da arroba vs kg.

    • Esses valores são para o produto “portão da fazenda” ou “produtor”, não necessariamente o preço final para processamento ou exportação.


Entendendo as unidades, pesos e regionalização

  • Unidades:

    • “@” = arroba: em cacau normalmente usada para indicar 15 kg ou 25 kg? Isso varia pela região/mercado. Precisa confirmar para cada estado.

    • “Saca” = unidade de medida que varia (por exemplo 60 kg em café). No caso do cacau, o site cita “saca” no ES: R$ 1.248,00 por saca. (17/10/2025)

    • “Kg” = quilograma, unidade básica mais padronizada: ex. no Pará ~R$ 19,00 por kg.

  • Regionalização: Os preços variam muito entre estados/produtores por fatores como qualidade, custos logísticos, variedades de cacau, grau de fermentação/secação, escala de produção, e vínculo com cooperativas ou mercados de exportação.

  • Comparação de valores:

    • Se em Bahia o preço é ~R$ 312 por arroba (usando 15 kg como referência hipotética), isso daria ~R$ 20,80 por kg (312 ÷ 15) — apenas para comparação simples.

    • Em Pará, já se tem ~R$ 19,00 por kg — próximos nessa ordem de magnitude.

    • No Espírito Santo, R$ 1.248 por saca: se imaginarmos uma saca de 60 kg (hipótese), isso daria ~R$ 20,80 por kg também (1.248 ÷ 60) — mesma ordem de magnitude.

    • Portanto, parece haver uma “faixa” de ~R$ 18-25 por kg para o produtor em alguns estados, nessa data recente.

  • Importância dessas diferenças: Um pequeno diferencial por kg ou arroba se traduz numa grande soma para grandes volumes de produção. Produtor que recebe R$ 22/kg tem vantagem sobre quem recebe R$ 18/kg — isso impacta margem, investimento, renovação de lavoura.

  • Qualidade e valor agregado: Variedades especiais (cacau fino, fermentação longa, certificações etc) podem comandar preço acima da média. Se o produtor entrega cacau “commodity”, o preço tende a seguir o mercado de balcão.

  • Custos de produção: Transporte, mão-de-obra, secagem, armazenamento, pragas/doenças (ex: vassoura-de-bruxa) impactam o “custo porta de fazenda”. Portanto, mesmo com o preço “bom”, se os custos forem muito altos, a rentabilidade pode ser baixa.


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Fatores que influenciam o preço do cacau no Brasil

Aqui vamos abordar os grandes vetores que moldam o preço, com foco nacional e internacional.


Oferta mundial e contratos futuros

  • O preço global do cacau (ex: contratos negociados em Nova York ou Londres) serve como referência para exportação e para produtores que vendem no mercado internacional. Por exemplo: em 10/10/2025 os futuros de cacau estavam ~US$ 5.836,31 por tonelada, queda acentuada, indicando excesso de oferta ou demanda fraca.

  • Produção elevada na África Ocidental (principalmente Costa do Marfim e Gana) gera pressão de oferta global.

  • A variação do câmbio Brasil-dólar também afeta preço para exportadores brasileiros: se o real se desvaloriza, pode ajudar os produtores em reais, mas custos (insumos, transporte) que são importados sobem.


Qualidade, variedades e certificações

  • Variedades de cacau “fino” ou “premium” (com maior sabor, origem controlada, fermentação/torrefação cuidadas) podem receber prêmio sobre o valor de referência.

  • Produtores que aderem a certificações de qualidade, origem (ex: cabruca, mata atlântica) ou sustentabilidade podem ter acesso a mercados com preços melhores.

  • O Brasil tem tido avanços em produção de cacau fino, o que fortalece cadeias de valor e pode elevar o preço “porta de fazenda”. O artigo da Selina Wamucii citou que o preço dos grãos de cacau no Brasil variou para ~BRL 27,60 por kg em abril de 2024 para grãos secos (em uma amostra).


Custos de produção e situação local

  • Para o produtor brasileiro, o “preço recebido” líquido depende dos custos de preparo da lavoura, colheita, fermentação e secagem, transporte até armazém, armazenagem, e comercialização.

  • Doenças como a vassoura-de-bruxa (Vassoura‑de‑Bruxa) historicamente reduziram a produção no sul da Bahia, o que em momentos anteriores elevou preços locais.

  • Logística: regiões mais remotas ou com acesso difícil a mercado ou cooperativa podem receber valores menores ou ter custos adicionais.

  • Oferta local: se num estado há abundância de grãos, o preço local pode baixar frente a oferta; se há escassez ou qualidade diferenciada, pode subir.


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Demanda e processamento

  • A demanda por cacau é impulsionada pela indústria de chocolate, confeitaria, exportação de grãos ou produtos derivados (massa, manteiga de cacau). Se a demanda cai, o preço do grão tende a sofrer.

  • Segundo relatório citado, o mercado global de cacau enfrentava “demanda fraca” e os preços próximos de mínimas de um ano.

  • No Brasil, o consumo interno de chocolate/cacau e a exportação de grãos ou produtos depende de condições macroeconômicas, câmbio, tarifas, e acordos comerciais.


Fatores climáticos, doenças, colheita

  • Cultivo de cacau é sensível a clima (chuvas, sol, umidade), doenças fúngicas, pragas, e manutenções da lavoura. Se a safra for afetada, oferta cai, podendo subir preço; se a safra for boa e oferta alta, pressão para baixo.

  • A notícia citou que na Costa do Marfim as chuvas abaixo da média levaram a expectativas de safra maior, o que pesa no preço.

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  • No Brasil, essas variáveis também atuam: secagem inadequada, falta de mão-de-obra, problemas sanitários podem afetar a qualidade e volume colhido.

Política, câmbio e exportação

  • O câmbio Real/Dólar impacta exportadores: um real depreciado torna o produto brasileiro mais competitivo no exterior, podendo elevar volume exportado e melhorar preço recebido em reais. Mas custos de produção que dependem de importados (insumos) sobem.

  • Incentivos governamentais, tarifas de exportação, subsídios ou programas de apoio à cacauicultura podem afetar preço e oferta. No Brasil, esforços de revitalização das regiões produtoras também estão em curso.

  • Por exemplo, o Brasil anunciou plano para dobrar a produção de cacau até 2030, com modernização de fazendas.


O que o valor atual significa para os produtores brasileiros

  • Se considerarmos o valor de ~R$ 312/arroba na Bahia ou ~R$ 19/kg no Pará, isso representa um nível de remuneração para o produtor que deve cobrir os custos de produção mais margem. É importante que o produtor tenha controle de seus custos para avaliar se esse preço dá lucro.

  • Cenário de rentabilidade: suponha que um produtor produza 1 tonelada (1.000 kg) de grãos secos de cacau. Se o preço for R$ 20/kg, isso gera R$ 20.000 de receita bruta. Se os custos (plantio, manutenção, colheita, secagem, transporte) forem, digamos, R$ 15.000, sobra R$ 5.000 antes de impostos etc. Se os custos forem maiores ou qualidade menor (e preço menor), a margem pode ficar muito estreita ou negativa.

  • Qualidade importa: produtores que melhorarem a qualidade (menor umidade, melhor fermentação, grãos “fino”) podem buscar preço acima da média ou contratos diferenciados — o que pode aumentar a receita e rentabilidade.

  • Estratégia de venda: Em momentos de baixa global ou excesso de oferta, pode haver pressão para aceitar preços menores ou com descontos. Produtores bem organizados podem buscar cooperativas ou contratos que garantam preço mínimo ou participação em premiações por qualidade.

  • Investimento e sustentabilidade: Se o preço se mantiver elevado ou suficientemente remunerador, haverá incentivo para investimento na lavoura (renovação, controle de doenças, mecanização, manejo de sombreamento). Por outro lado, se o preço for baixo ou incerto, produtores podem reduzir investimento, o que compromete a sustentabilidade da lavoura a médio/longo prazo.


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Perspectivas – para onde o preço pode ir e o que observar

  • Com os contratos futuros em nível relativamente baixo (US$ ~5.800-6.000/tonelada) e sinais de demanda fraca global, pode haver pressão para que os preços no Brasil se mantenham estáveis ou com tendência de ligeira queda, a menos que fatores locais restrinjam oferta ou melhorem qualidade premium.

  • Fatores de atenção para produtores ou compradores:

    • Safra/produção brasileira: se houver quebra de safra (por clima ou doenças), oferta menor → preço pode subir.

    • Qualidade e mercado de cacau fino: crescimento de chocolate de origem pode gerar prêmio para grãos de qualidade.

    • Câmbio Real/Dólar: valorização do real pode reduzir competitividade exportadora, enquanto desvalorização pode beneficiar produtores exportadores.

    • Cenário mundial: se países grandes exportadores tiverem problemas logísticos ou climáticos, Brasil pode se beneficiar.

    • Custos de produção: controle de custos, eficiência logística, secagem/armazenagem etc se tornam diferenciais.

  • Sugestão de “cenários”:

    • Cenário pessimista: Demanda global fraca, safra mundial abundante, preço internacional cai → preço no Brasil também cai para, por exemplo, R$ 15-18/kg ou menos.

    • Cenário moderado: Produção relativamente estável, qualidade média, preço permanece numa faixa de ~R$ 18-25/kg.

    • Cenário otimista: Qualidade de grãos melhora, demanda por cacau fino cresce, problemas de safra mundial → preço “premium” nacional sobe para >R$ 25-30/kg (ou equivalente >R$ 400/arroba).

  • Para os produtores: avalie contratos antecipados, diversificar compradores, buscar certificações de qualidade/origem, e monitorar custos operacionais para estar preparado para cada cenário.


Recomendações práticas para produtores e cooperativas

  • Mensure sua produção e custos: Tenha registro dos custos de produção (plantio, manutenção, colheita, secagem, armazenamento, transporte) para saber qual seria “preço mínimo sustentável” para sua lavoura.

  • Qualifique seu produto: Invista em boas práticas de fermentação, secagem, seleção de grãos, para poder pleitear preço melhor ou participar de cadeias de valor de cacau “fino/origem”.

  • Negociação antecipada ou contratos: Busque negociar parte da produção com antecedência, ou via cooperativa/associação que ofereça acesso a mercados com premiações de qualidade ou preços mínimos garantidos.

  • Monitore o mercado: Acompanhe as cotações em seu estado/região (ex: Bahia, Espírito Santo, Pará) e também os indicadores internacionais (contratos futuros) para tomar decisões de venda no momento oportuno.

  • Avalie a logística: Transporte, armazenamento e secagem podem consumir grande parte da margem. Otimizar esses processos pode melhorar o resultado líquido.

  • Diversifique seu risco: Se possível, explore nichos de mercado (cacau orgânico, sustentável, de origem), ou produtos derivados (massa, manteiga de cacau) para agregar valor e reduzir dependência da venda do grão somente.

  • Atenção ao câmbio e exportação: Para produtores ou cooperativas que exportam, fique atento ao comportamento do real frente ao dólar, tarifas de exportação e logística internacional, pois isso pode afetar o preço líquido recebido.

  • Planejamento de longo prazo: Faça projeções conservadoras para preço mínimo sustentável da lavoura, e avalie investimentos se o preço for favorável (ex: renovação de lavoura, mecanização, certificações). Se o preço estiver baixo, talvez priorizar redução de custos e melhoria de eficiência seja a estratégia.

  • Em resumo: o preço atual do cacau no Brasil está numa faixa que gira em torno de R$ 312/arroba na Bahia (17/10/2025) e ~R$ 19/kg no Pará, conforme dados recentes.

  • Essa remuneração traduz uma oportunidade, mas não é “excelente” automaticamente – depende dos custos, qualidade e escala de produção de cada lavoura.

  • O produtor que quer prosperar precisa olhar além do preço bruto: qualidade do grão, eficiência produtiva, contratos, logística, e posicionamento no mercado (commodities vs cacau fino).

  • O setor deve ficar atento aos mercados globais, à evolução da produção mundial, à demanda por chocolate, à qualidade e à certificação.

  • Finalmente: o preço pode tanto “subir” se houver restrição de oferta ou aumento de demanda por grãos especiais, como “cair” se a oferta global for abundante e a demanda fraca. Portanto, acompanhar tendências e se preparar é essencial.

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